terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Obesidade Infantil: prevenção é o melhor remédio

De acordo com o médico-nutricionista e vice-presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Fábio Ancona Lopez, a obesidade infantil já atinge cerca de 10% das crianças brasileiras. Isso representa um aumento cinco vezes maior em relação aos últimos 20 anos no Brasil.

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura. É considerada uma doença crônica que vem acompanhada de múltiplas complicações sendo a hipertensão e a diabetes as mais comuns. Segundo o manual de psiquiatria infantil, de 1983, uma criança é considerada obesa quando ultrapassa em 15% o peso médio correspondente a sua idade.

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008, 34% dos meninos e 32% das menisas de 5 a 9 anos têm excesso de peso e, 16% e 11%, respectivamente são obesas. Vários fatores podem estar relacionados com a obesidade, no entanto mudanças no estilo de vida e nos padrões alimentares poderiam explicar esse crescente aumento da doença nos últimos anos. A redução da atividade física, o consumo de alimentos muito calóricos e de baixo valor nutricional e a exposição excessiva da criança à mídia são agravantes para o desenvolvimento da doença. O papel nocivo da propaganda a que as crianças estão submetidas, com todo o apelo publicitário para o consumo de doces e outros alimentos de alto valor energético, mas de poucos nutrientes é apontado como um agravante para o desenvolvimento da obesidade infantil.

A nutricionista Sylvia Elisabeth Sanner, de São Paulo, afirma que a prevenção deve começar desde o nascimento, pois, a doença pode se manifestar logo na primeira infância com o desmame precoce e a utilização de farinhas para "engrossar" o leite das mamadeiras. Diferentemente do leite materno, o leite de vaca usado nas mamadeiras contém sódio e gordura já em excesso, por isso é recomendado que a criança mame no peito, no mínimo, até os seis meses de vida.

O fato das crianças acostumarem-se com o sabor doce logo nos primeiros meses de vida, quando as mães acrescentam açucar às mamadeiras, também contribui para o elevado consumo de açucar entre as crianças, afirma a especialista.

A prevenção deve começar cedo com uma dieta variada, colorida, que possua sabores e texturas diferentes, uma vez que os habitos alimentares serão formados ainda nos primeiros anos de vida. Os horários também devem ser bem estabelecidos, evitando longos períodos sem alimentação. Além disso, deve-se evitar alimentos gordurosos e estimular a prática de exercícios físicos.

É obrigação dos pais e responsáveis cuidar para que as crianças tenham um desenvolvimento sadio. A prevenção na infância evita problemas na adolescência e na idade adulta.
Fonte: wwww.boasaude.uol.com.br

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